Com a devastação causada em meados do século passado pela Segunda Guerra Mundial, várias pessoas e instituições empenharam-se em desenvolver iniciativas para construir e manter a paz entre os povos. À época, uma das propostas foi da UNESCO, que sugeriu criar uma organização educacional para a paz envolvendo pós-graduados de várias disciplinas.
A psicoterapeuta americana Doris Allen adorou o projeto, mas discordou da ideia de trabalhar com adultos. Com especialização em crescimento e desenvolvimento infantil, e a crença de que apenas as crianças poderiam ser a fonte da paz mundial no longo prazo, ela adaptou o programa para que se investisse em crianças e criou o conceito do Children’s International Summer Villages (hoje apenas CISV) em 1946.
A ideia fundamental era juntar crianças de diferentes nacionalidades para que, convivendo entre si, pudessem desenvolver amizades aprendendo a respeitar valores, hábitos e costumes diferentes dos seus próprios. Seu sonho virou realidade em 1951, quando crianças de 11 anos, representando oito países, se reuniram em Cincinnati, nos Estados Unidos, para um primeiro acampamento, chamado Village.
O mundo mudou nestes quase setenta anos, e o CISV também evoluiu, com vários outros programas educacionais sendo criados para dar continuidade à proposta educacional para diferentes faixas etárias. De um programa para 7 diferentes programas internacionais; de um Village para mais de 300 programas hospedados todo ano, envolvendo mais de 9 mil participantes de quase 70 países.
Hoje, o CISV oferece experiências para pessoas de todas as idades, fundamentadas na crença de que um mundo mais justo e pacífico é possível por meio de relacionamentos interculturais, educação e amizade – começando pelas crianças.